Mesmo com cargos, ministérios e até o controle do Orçamento, o Centrão deve se opor a candidatos bolsonaristas em ao menos cinco Estados nas eleições de outubro. Em São Paulo, Pernambuco, Piauí, Ceará e Maranhão, líderes e parlamentares de partidos como PL, Progressistas e Republicanos – tripé de sustentação do governo de Jair Bolsonaro – resistem a romper com adversários do Palácio do Planalto e traçam saídas para manter espaços em círculos petistas ou do PSDB.

Para conseguir filiar Bolsonaro ao PL, em novembro, o ex-deputado Valdemar Costa Neto – que comanda o partido – prometeu romper acordos regionais com o PT e com tucanos. Agora, porém, tem sido pressionado por seus pares a liberar os diretórios regionais na campanha ou ao menos permitir que o PL adote posição de neutralidade nas disputas para governador.

Em São Paulo, por exemplo, o Centrão até agora não se entendeu. A meta do presidente é eleger o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para o Palácio dos Bandeirantes. Sem partido, Tarcísio vem sendo sondado para se filiar ao PL, mas também tem convite do Progressistas. O problema é que, a exemplo de um pedaço do PL, o presidente do Progressistas em São Paulo, Guilherme Mussi, já combinou de apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa ao Bandeirantes. Garcia foi lançado pelo governador João Doria – hoje pré-candidato tucano à sucessão de Bolsonaro.

Fonte – Estadao

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *