Sindicato dos Odontologistas do Estado do Ceará (Sindiodonto) promoveu na manhã dessa quarta-feira (25), uma doação coletiva de sangue para o Hemoce.

A iniciativa faz parte da campanha de valorização da categoria realizada durante todo o mês de outubro em alusão ao dia nacional do dentista e está mobilizando os profissionais servidores do município de Fortaleza. O objetivo da campanha, segundo a direção da entidade, é chamar a atenção da sociedade para a situação de desvalorização dos dentistas, suas condições precárias de trabalho e baixos salários.

Além do ato no dia 25, a campanha do Sindiodonto também tem realizado visitas às faculdades de Odontologia e live semanais nos perfis das redes sociais para discutir as principais demandas da categoria. A programação do mês inclui ainda a realização de panfletagens e sessão solene na Câmara Municipal de Fortaleza em homenagem ao dia do dentista.

O tema da campanha deste ano é “Nem feliz, nem sorridente. O dentista está precarizado, insatisfeito e descontente” e faz referência ao programa de saúde bucal do governo federal Brasil Sorridente. A categoria destaca que, enquanto a iniciativa é um importante passo para a ampliação e qualificação da atenção à saúde bucal no país, ela deixa à margem desse avanço os profissionais cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares.

“Na contramão desse avanço, o cirurgião-dentista, seus técnicos e auxiliares não têm conseguido reconhecimento, sendo afetados pelos baixos vencimentos, sobrecarga e precarização de trabalho em suas mais diversas formas. A ausência de Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) nos municípios e o não cumprimento da Lei nº 3.999/61, que determina o valor de três salários-mínimos para 20 horas semanais de trabalho, cerceiam direitos e reivindicações históricas da categoria, repercutindo no adoecimento físico e mental de profissionais em todo o estado”, destaca um dos diretores do Sindiodonto Ceará Delano Flávio Maia Lima.

Entre os principais problemas enfrentados hoje pelos dentistas estão os baixos salários; descumprimento da lei que estabelece o piso salarial e a jornada de trabalho; a falta de Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); ameaça de regulamentação de cursos de Odontologia EAD; não cumprimento das leis trabalhistas e pejotização, dentre outros.

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